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E o mundo não acabou?


E o mundo não acabou?

Todo esse tempo num bunker... Grossas paredes de concreto armado reforçado com uma malha de vergalhões de aço, a mais de dois metros de profundidade mantendo-me a salvo de guerras e desastres e... Nas superfícies... Tudo tal qual a deixei. Um mundo novo tão velho! Do seu jeito desajeitado, ora sem jeito, ora ajeitado.

Saudades... Saudades desse mundo, admirável novo, dos velhos tempos modernos.

Nem revolução dos bichos, nem mais a evolução dos macacos.

Andróides, replicantes, Ets, ETceteras.

O homem ainda é o dono do planeta?

Saudades...

Heróis indo e vindos do espaço, voadores, em capas, naves, capacetes, máscaras e roupas prata.

Astros. Astronautas.

Supersônicos e poderosos contra vilões sem monstruosidades e monstros sem humanidades. Salvadores, pacificadores e simplesmente SUPER. “Super-humanos”.

Saudades... Do humano! Saudades dos velhos vilões.

Saudades de Aquarius, eras, de paz, amor e “Imagine”.

Saudades das músicas, dos discos, voadores e prateados como os CDs.

Saudades dos tape decks com luzes, das luzes, dos neóns, mais coloridos do que as TVs, com aquelas telas plásticas, tridimensionais em imaginação.

Saudades da TV, da ficção, sem ser tão científica.

Saudades do 3D, dos livros, nos livros, das ilustrações holográficas.

Saudades dos Jetsons, família.

Futuro, dentro do passado.

Futuristas espaçonaves que poderíamos pilotar e trafegar no universo. Viajar para a Lua, Marte e Saturno... Tudo especialmente espacial.

Comidas enlatadas e pílulas “saudáveis”.

Robôs, de lata, mais humanos do que andróides.

Telas e telões por todo canto, telefones com monitores, nem pré, nem pago, sem contas e faz de conta virtual.

Aparatos, bugigangas e objetos tecnológicos tão absurdos quanto o seu consumo necessariamente desnecessário.

Ideias futurísticas de um futuro que evidenciaria o passado
.
Vintage, aprisionado em redes, de memórias vigentes, oferecendo uma visão nostálgica do que o futuro poderia ter sido.

Tudo tão próximo e distante.

Saudades... Das distâncias reais.

Saudades do tempo.
De seus paradoxos ficcionais, gerando futuros alternativos.

Saudades.

Saudades... Do crer sem ver.

Saudades... Do futuro.











Ou...Vice-versa.

Os colares foram feitos por mim.









Comentários

  1. Onde encontrou essa foto da tv colorida???????

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá, Sílvio!
      Encontrei aqui:
      http://niledu.blogspot.com.br/2012/01/minha-tv-colorida-era-assim.html

      Excluir

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