Para eternizá-la ilustro com versos do poema de Casimiro de Abreu, "meus oito anos". Oh! que saudades que tenho Da aurora da minha vida, Da minha infância querida Que os anos não trazem mais! Que amor, que sonhos, que flores, Naquelas tardes fagueiras A sombra das bananeiras Debaixo dos laranjais! Como são belos os dias Do despontar da existência! Respira a alma inocência Como perfumes a flor; O mar é lago sereno, O céu um manto azulado, O mundo um sonho dourado, A vida um hino de amor! Que auroras, que sol, que vida, Que noites de melodia Naquela doce alegria, Naquele ingênuo folgar! O céu bordado d’estrelas, A terra de aromas cheia, As ondas beijando a areia E a lua beijando o mar! Oh! dias da minha infância! Oh! meu céu de primavera! Que doce a vida não era Nessa risonha manhã. Em vez das mágoas de agora, Eu tinha nessas delícias De minha mãe as carícias E beijos de...